O prefeito de Iporá, Naçoitan Araújo Leite, é suspeito de invadir a casa da ex-companheira e atirar mais de 15 vezes
O prefeito de Iporá, Naçoitan Araújo Leite, está enfrentando graves acusações após ser suspeito de invadir a casa da sua ex-companheira e disparar mais de 15 vezes. Esse terrível episódio chocou a cidade e chamou a atenção da mídia nacional.
Prisão e audiência de custódia
O prefeito Naçoitan se entregou à Polícia Civil (PC) no início da manhã desta quinta-feira (23). Posteriormente, ele passou por uma audiência de custódia, onde sua prisão foi mantida pelo Justiça, devendo retornar ao presídio de Iporá. A decisão foi tomada após o julgamento do pedido de revogação da prisão feito pela defesa de Naçoitan.
Novo habeas corpus e medidas protetivas
O advogado do prefeito, Francisco Damião, entrou com um novo habeas corpus aguardando o parecer da Procuradoria do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) para ser julgado. A defesa argumenta que as medidas protetivas já concedidas pela Justiça seriam suficientes para a proteção da vítima, que é a ex-primeira-dama do município.
Arma de registro raspado e alegação de perda de memória
Ao se entregar à polícia, o prefeito apresentou uma arma de registro raspado, alegando que ela teria sido utilizada no crime. Durante o depoimento, ele afirmou ter perdido a memória após a ação criminosa e que acordou em uma estrada, sem lembrar de nada. Com base nas evidências, a polícia informou que ele deverá responder por tentativa de feminicídio e tentativa de homicídio.
Posicionamento da defesa e declarações nas redes sociais
A defesa do prefeito, por meio de nota, alegou que a prisão preventiva é desnecessária, principalmente depois que o gestor se entregou à polícia. Nas redes sociais, o perfil de Naçoitan fez uma publicação afirmando que ele deve esclarecimentos à população e que cooperará com a Justiça em todos os aspectos necessários. É importante ressaltar que anteriormente, ele já havia feito uma postagem incentivando as mulheres a denunciarem qualquer tipo de violência doméstica, compartilhando uma foto da então primeira-dama com um 'X' vermelho na mão.
Relembre o caso
No incidente em questão, o prefeito invadiu a casa da ex-mulher utilizando uma caminhonete e efetuou 17 disparos contra uma porta de vidro na entrada e em direção ao quarto onde ela dormia com o namorado. O ocorrido se deu na madrugada de domingo (18), data em que sua prisão foi decretada e ele foi considerado desaparecido. Imagens de uma câmera de segurança registraram o momento em que o prefeito invadiu a residência. Ele chegou ao local por volta de 1h, em uma caminhonete preta, parou o veículo em frente à porta, desceu e acelerou em direção ao portão, permanecendo dentro da casa por cerca de três minutos. O veículo utilizado no crime foi apreendido quatro dias depois.
A vítima relatou à TV Anhanguera que estava dormindo e acordou com o barulho da porta de vidro da cozinha sendo quebrada, afirmando ter certeza de que o ex-marido veio para matá-la. Ela contou que manteve um relacionamento com Naçoitan por 15 anos, mas separou-se há dois meses. Além disso, afirmou que dias antes da invasão, o prefeito foi até sua casa para intimidá-la.
Em um áudio que foi entregue à Polícia Civil, o prefeito comentou o crime, afirmando que já estava feito e que não havia como voltar atrás.
Outros processos na Justiça
Além dos crimes de tentativa de feminicídio e tentativa de homicídio após invadir a casa da ex-mulher, o prefeito Naçoitan possui mais de 20 processos judiciais em andamento. Segundo informações do site do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), ele já foi acusado de ameaça, estelionato, difamação e improbidade administrativa.
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