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Novo alerta para chuvas intensas no litoral de SP deixa moradores apreensivos

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A chuva que já causou mortes e estragos na região Sul agora traz preocupação para os moradores do Sudeste do país

Um alerta da Defesa Civil chegou por mensagem no celular do Rodinei Garda, que mora na costa sul de São Sebastião, no litoral de São Paulo. Ele foi logo tomando providências.

"Por causa da chuva que deu em fevereiro, né? A gente fica com medo mesmo de ter outra dessa", diz o autônomo.

Em fevereiro, uma chuva histórica atingiu São Sebastião. O volume foi o maior já registrado em 24 horas no país. Ao todo, 64 pessoas morreram na cidade e milhares ficaram desalojadas ou desabrigadas.

Por causa da tragédia recente, qualquer sinal de chuva traz apreensão. De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), nos últimos três dias, choveu em Sebastião o esperado para o mês todo de novembro.

E a previsão é de que a chuva continue pelo menos até domingo (26). O risco maior é de deslizamento de terra.

"Nós temos um mês de novembro muito chuvoso, já com acumulados acima de uma média normal. A terra já está encharcada, há riscos de deslizamento de massa, então nós orientamos a população que observe qualquer tipo de movimento de massa", afirma a major Michele Estesa, diretora da divisão de respostas da Defesa Civil de São Paulo.

O Cemaden afirma que o El Niño é um dos responsáveis pelas mudanças drásticas no clima do país.

No Sudeste, o fenômeno deixa as chuvas irregulares e provoca dias muito quentes e secos. Em seguida, vêm períodos chuvosos, com muitas nuvens e acompanhados de temporais.

Já na região Sul, o El Niño está causando chuva mais volumosa que a média e isso deve se estender até março do ano que vem.

O risco de temporais também é grande no Rio Grande do Sul, no Leste de Santa Catarina e no Oeste do Paraná. Três mortes foram registradas em Santa Catarina; cinco no Rio Grande do Sul.

"Principalmente por conta da quantidade de chuvas que já aconteceram, o solo já está muito saturado e muitos rios estão com os níveis extremamente elevados, propiciando novos cenários, infelizmente, para desastres nos próximos meses", diz Ivo Camarinha, pesquisador do Cemaden.

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