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'Maníaco do Parque de MS' passa por audiência de custódia e vai continuar preso por estupros

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Maníaco do Parque de MS passa por audiência de custódia

José Carlos de Santana Junior é liberado por porte ilegal de arma de fogo, mas continua preso por denúncias de estupro

O conhecido "Maníaco do Parque de MS", José Carlos de Santana Junior, teve uma audiência de custódia nesta quarta-feira (4) após ser preso novamente por uma série de denúncias de estupro. Apesar de ser liberado pelo crime de porte ilegal de arma de fogo, o ex-presidiário continuará preso devido ao mandado de prisão aberto em seu nome.

O suspeito foi preso na segunda-feira (2), dois anos após cumprir pena por uma série de 10 estupros. Segundo as investigações da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), José cometeu abusos contra pelo menos cinco mulheres, incluindo duas adolescentes de 14 e 17 anos.

Prisão em flagrante e arma de fogo adulterada

A prisão em flagrante de José ocorreu devido ao porte ilegal de uma carabina de pressão adulterada para disparo de munições de calibre 22. A arma e as munições foram encontradas na fazenda onde o suspeito estava, em Terenos (MS).

Ao analisar o caso, o juiz não encontrou indícios suficientes para manter a prisão pelo crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido. No entanto, diante das graves acusações de estupro, o magistrado decidiu aplicar medidas cautelares específicas, que serão descartadas devido às regras da legislação brasileira, onde a pena maior absorve a menor. Sendo assim, José permanecerá preso pelos crimes de estupro.

Reincidente após cumprir pena

José Carlos de Santana Junior voltou a ser preso dois anos após ter ganhado liberdade. Conhecido como "Maníaco do Parque", ele foi detido durante a Operação Incubus, deflagrada pela Deam. Imagens de câmeras de segurança registraram alguns dos últimos ataques cometidos pelo suspeito.

De acordo com a delegada Eliane Benicasa, José possuía um modus operandi para cometer os crimes sexuais. Ele se aproximava das mulheres fingindo utilizar o telefone, as abordava e as perseguia. Após a perseguição, o ex-presidiário levava as vítimas para o seu veículo, onde praticava os crimes sexuais.

No começo da manhã da terça-feira, a Polícia Civil trabalhava com a informação de quatro vítimas mais recentes. Entretanto, ao longo da tarde, uma quinta vítima, uma adolescente de 14 anos, procurou a delegacia para prestar queixa sobre a importunação sexual sofrida.

Todas as cinco vítimas que procuraram a Deam reconheceram o suspeito. José Carlos de Santana Junior ainda não possui defesa constituída. Os casos envolvendo as vítimas menores de idade serão encaminhados para investigação na Delegacia Especializada no Atendimento à Crianças e Adolescentes (DEPCA).

Prisão anterior e progressão de pena

José Carlos foi preso em 2007 e condenado a 34 anos de prisão em regime fechado por estuprar pelo menos 10 mulheres no Parque das Nações Indígenas. Durante o cumprimento da pena, ele aproveitou para se dedicar aos estudos e concluiu o ensino médio e a pós-graduação em coaching e liderança.

Com a progressão do regime, ele ganhou liberdade há dois anos e, recentemente, voltou a atacar mulheres. O suspeito é casado, mora em Campo Grande e foi preso em Terenos.

Conclusão

O caso do "Maníaco do Parque" reacende o debate sobre a segurança pública e a punição adequada para criminosos sexuais reincidentes. Apesar de ter cumprido pena e adquirido qualificações durante seu período no sistema penitenciário, José voltou a cometer crimes similares.

A liberdade concedida ao suspeito pelo crime de porte ilegal de arma de fogo gerou polêmica, já que ele permanecerá preso pelos crimes de estupro. A sociedade exige respostas e ações mais efetivas para evitar que casos como esse aconteçam novamente.

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