Sem referência de Wall Street, juros futuros oscilam durante sessão
As taxas de juros futuros tiveram uma sessão instável, com oscilações próximas à estabilidade, devido à falta de referência dos negócios em Wall Street. A baixa liquidez imposta pelo feriado de Ação de Graças nos EUA e a agenda local esvaziada contribuíram para uma sessão fraca. Os riscos fiscais continuam sendo monitorados pelos agentes, que também estão de olho nos movimentos do Congresso para apreciação das pautas econômicas e nas notícias sobre o preço do petróleo.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 fechou em 10,495% e a do DI para janeiro de 2026 passou de 10,22% para 10,24%. Já o DI para janeiro de 2027 encerrou com taxa de 10,37% e a do DI para janeiro de 2029, em 10,79%. Apesar da liquidez limitada, as taxas se mantiveram comportadas, devido ao alívio nos Treasuries nos últimos dias e a queda do preço do petróleo. No entanto, a questão fiscal pode trazer volatilidade para o mercado.
O cancelamento da sessão conjunta do Congresso devido ao impasse sobre os vetos do presidente Lula e a retomada do chamado "voto de qualidade" no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) também não influenciaram nas taxas. A desoneração da folha de pagamentos é outro assunto que está no radar dos investidores, com o prazo para que o presidente sancione ou vete o projeto de lei encerrando hoje. As incertezas em relação às medidas que aumentariam as receitas do governo e a falta de disposição para conter os gastos dificultam ainda mais o equilíbrio fiscal.
Mesmo sem a referência de Nova York, o Tesouro teve sucesso no leilão de prefixados. Os lotes de 11 milhões de LTN e 1,5 milhão de NTN-F foram vendidos integralmente, com taxas dentro do consenso.
Conclusão
A sessão de juros futuros foi marcada pela falta de referência dos negócios em Wall Street e pela baixa liquidez devido ao feriado de Ação de Graças nos EUA. As taxas oscilaram ao redor da estabilidade, com viés de alta ou queda, mas sempre próximas aos ajustes anteriores. Os riscos fiscais, o preço do petróleo e as questões políticas no Brasil continuam influenciando o mercado. Os investidores estão atentos aos movimentos do Congresso e às medidas econômicas propostas. O leilão de prefixados teve sucesso mesmo sem a referência de Nova York, o que mostra a confiança dos investidores no mercado brasileiro.
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