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O Brasil não está preparado para enfrentar a crise do clima

Resumo:

O Brasil tem enfrentado uma série de desastres naturais em 2023, com 1.958 cidades entrando em situação de emergência até o momento. No entanto, o país não está preparado para lidar com os efeitos das mudanças climáticas, mesmo com os alertas da comunidade científica. O orçamento destinado à gestão de riscos e desastres é insuficiente e não há um plano nacional de prevenção e gestão de riscos. A falta de preparo resulta em mortes e perdas materiais, além de demonstrar a falta de planejamento adequado para enfrentar eventos climáticos extremos. A situação se agrava com a chegada do El Niño e a proximidade do aquecimento global atingir o ponto de não retorno.

O aumento da proporção de desastres naturais

No Brasil e no mundo, os desastres naturais estão se tornando mais frequentes e intensos. Em 2023, 53% dos desastres registrados foram reconhecidos como situação de emergência pelo governo, um aumento significativo em comparação a 2013. No entanto, o país não se adaptou aos efeitos das mudanças climáticas, mesmo com os alertas da comunidade científica.

A falta de investimento na gestão de riscos e desastres

O orçamento destinado à gestão de riscos e desastres em 2023 foi o menor em 14 anos, com a maior parte dos recursos sendo destinada ao atendimento dos municípios após os desastres ocorrerem, e não para a prevenção. Além disso, apenas uma pequena porcentagem das cidades possui planos de obras e serviços para redução de risco de desastres e leis específicas que contemplam a prevenção de enchentes.

A falta de preparo para eventos extremos

O Brasil não está preparado para enfrentar eventos climáticos extremos, como tempestades, enchentes e vendavais. Falta planejamento e ações preventivas, como a poda corretiva de árvores, o mapeamento de áreas de risco e a desobstrução de canais fluviais. O despreparo resulta em perdas materiais e mortes, como os casos ocorridos no Rio de Janeiro e em São Paulo em 2023.

A iminente chegada do El Niño

O fenômeno do El Niño, que altera o regime de chuvas do Brasil, está previsto para atingir o pico no próximo verão, acentuando a seca no Norte do país e aumentando as chuvas no Sul e Sudeste. As projeções indicam que os próximos meses serão marcados por secas, chuvas intensas, enchentes, vendavais e ciclones. Além disso, o aquecimento global está próximo de atingir o ponto de não retorno, o que pode resultar em mudanças ainda mais drásticas no clima.

Conclusão

O Brasil não está preparado para enfrentar a crise do clima. A falta de investimento na gestão de riscos e desastres, a ausência de um plano nacional de prevenção e gestão de riscos e o despreparo para eventos extremos mostram a falta de planejamento adequado para lidar com as mudanças climáticas. Com a iminente chegada do El Niño e o aquecimento global se aproximando do ponto de não retorno, é urgente tomar medidas para adaptar as cidades e reduzir o impacto dos desastres naturais.

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